terça-feira, 26 de março de 2013

Além da Grande Muralha: A obsessão chinesa com o Brasil dá resultados


É senso comum de que os jogadores brasileiros são conhecidos pela habilidade, estilo e velociade, e no futebol chinês os brasileiros se tornam alvos das transferências justamente por isso. O impacto de uma nacionalidade específica tem na Liga Chinesa, CSL, é algo que certamente merece atenção.

Os clubes chineses podem ter até cinco jogadores estrangeiros cada, e todos menos dois já preencheram as suas cotas, o que significa que há 78 jogadores estrangeiros inscritos ns CSL. Exatamente 33 destes 78 são oriundos da América do Sul - 42%. Mas, mais importante, 23 dos 33 são brasileiros, o que quer dizer que o país representa 29% de todos os estrangeiros atuando na CSL.

O futebol brasileiro foi apresentado aos chineses quando o campeã da Copa do Mundo, Márcio Santos, teve uma cirta e infeliz passagem de apenas um jogo no Shandong Luneng em 2001. De lá para cá, entretanto, as coisas melhoraram muito, com Éber Luís Cucchi ganhando a chuteira de ouro em 2008 pelos seus 14 gols pelo Tianjin Teda e o talismã Murique, que chegou logo depois, fazendo o mesmo em 2011 pelo Guangzhou Evergrande.

Mas parece que 2013 pode ser mesmo o ano para os brasileiros na China. Depois de apenas duas partidas pelo campeonato nacional, sete brasileiros já marcaram gols, com Edu anotando três pelo Liaoning Whowin, Bruno Meneghel dois pelo Qingdao Jonoon e Isac [Changchun Yatai], Murique e Rafael Coelho [Guangzhou] e Gustavo [Qingdao Jonoon] marcando um cada.

Liderando a artilharia, entretanto, está o ex-jogadordo Botafogo, Elkeson, do Guangzhou Evergrande, que já deixou a sua marca cinco vezes em apenas dois jogos, incluindo um hat-trick contra o Jiangsu Sainty. Marcelo Lippi optou por usar Elkeson como centroavante, o que está se mostrando uma escolha de mestre, se os dois primeiros jogos servirem de justificativa.

Outra contratação impressionou foi a de Kieza, que chegou ao Shanghai Shenxin, depois de boas temporadas pelo Náutico. O Shenxin, inclusive, preencheu quatro das suas cinco vagas para estrangeiros com brasileiros - o quinto deve vir de algum país asiático.

Com tudo isso em mente, não dá para argumentar que os clubes chineses não tem os brasileiro em alta consideração. Mas por que eles são a chave para o sucesso é algo que pode ser muito melhor discutido com um jogador brasileiro que tem sete anos de futebol chinês no seu currículo.

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